Doença das artérias carótidas

Doença das artérias carótidas: causas, sintomas e tratamentos

As artérias carótidas são responsáveis por fornecer o sangue para toda a região da cabeça. O entupimento ou estreitamento dos vasos desta região, ocasionam a quebra do fluxo de sangue no cérebro, gerando uma das principais causas de morte no Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso ocorre em consequência das doenças das artérias caróticas que progridem lentamente no organismo.

No organismo, as artérias da região do pescoço são identificadas como primitiva ou comum, esquerda e direita. A artéria carótida primitiva direita se origina do tronco arterial braquiocefálico, enquanto a carótida primitiva esquerda vem diretamente arco aórtico, ambas com trajetos ao coração.

Doenças das artérias carótidas e o AVC

Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. O mais incidente na população é o isquêmico ocorrendo em 85% dos casos e é relativo à obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. Este acidente vascular cerebral ocorre de duas formas: na primeira, um fragmento de sangue coagulado se forma no coração (êmbolo) e viaja pelos vasos sanguíneos até o cérebro.

Na segunda, uma placa de aterosclerose se forma na artéria carótida e eventualmente se rompe, lançando fragmentos de sangue coagulado, cálcio e colesterol na direção dos vasos cerebrais.

Em ambas situações, os fragmentos formados pela aterosclerose e os êmbolos obstruem uma ou mais artérias do cérebro. Com a falta de sangue e consequentemente de oxigênio nas células, elas começam a morrer.

Carotídea aterosclerótica ou estenose de carótida

A doença carotídea aterosclerótica ou estenose de carótida acontece quando há um estreitamento ou obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias carótidas por placas chamadas ateroma. Elas são formadas por algumas substâncias como gordura e cálcio, e este processo de acumulação é conhecido como aterosclerose.

Ateromatose carotídea é uma patologia degenerativa e obstrutiva que evolui com decorrer do tempo. Por isso, os sintomas iniciais podem ser desconhecidos e o paciente, na maioria das vezes, descobre quando ocorre o AVC. No entanto, na fase aguda é possível perceber os seguintes sintomas:

  • Dormência ou fraqueza súbita na face, ou nos membros (muitas vezes em apenas um lado do corpo);
  • Dificuldade repentina para falar ou de compreensão;
  • Dificuldade para enxergar por um ou por ambos os olhos;
  • Tontura ou perda de equilíbrio súbita;
  • Dor de cabeça súbita, intensa e sem causa conhecida.

Tratamento

O diagnóstico preciso por meio com auxílio de exames como ultrassonografia, exame de ressonância magnética e angiografia computadorizada do cérebro permite encontrar o tratamento mais adequado.

Nesse sentido, o tratamento visa o restabelecimento do fluxo sanguíneo que pode ser feito com o uso de medicamentos. Dependendo da gravidade do bloqueio da passagem do sangue poderão ser indicados outros procedimentos e também algumas mudanças no estilo de vida. Entre as principais orientações estão: parar de fumar, perder peso, adotar uma dieta saudável, reduzir o sal da alimentação e sair do sedentarismo.

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