Fatores de risco para hidrocefalia

Fatores de risco para hidrocefalia

A hidrocefalia é uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo de líquido cefalorraquidiano (também chamado de líquor) no crânio, o que faz com que haja aumento de pressão e volume na caixa craniana, além de lesões no tecido cerebral. Em circunstâncias normais, o líquor é produzido e absorvido por ventrículos. Quando há obstrução, no entanto, o líquor fica concentrado, gerando o problema descrito no parágrafo anterior. Embora muitas vezes as razões para essa condição não sejam facilmente identificáveis, existem alguns fatores de risco para seu desenvolvimento. Falaremos um pouco mais sobre eles abaixo.

Fatores de risco para a hidrocefalia

De acordo com a comunidade científica, pode-se dizer que os fatores a seguir podem ter influência no adoecimento de uma série de indivíduos.

Em bebês

Sabe-se que o desenvolvimento diferenciado do sistema nervoso central pode ter interferência na absorção e no fluxo natural de líquor. Hemorragias causadas por parto prematuro ou violência obstétrica também podem causar o desenvolvimento dessa enfermidade. Se a mãe for infectada por sífilis, rubéola, toxoplasmose, zika ou citomegalovírus, há maior possibilidade de que o bebê seja diagnosticado com hidrocefalia. Essa é uma das razões pelas quais é importante estar sempre em dia com os exames de rotina, como ultrassons. Em alguns casos, é possível verificar o problema antes do nascimento, o que torna o tratamento mais eficaz. Um adendo importante: o abuso de substâncias lícitas ou ilícitas, como álcool, cocaína ou remédios controlados, pode causar efeitos significativos na saúde do bebê. Para prevenir o surgimento de uma série de enfermidades e de sofrimento para ambos os lados, é primordial seguir as recomendações médicas e evitar comportamentos de risco. Nos bebês, por fim, os sintomas da enfermidade são:
  • Aumento rápido da região do crânio, com existência de ponto proeminente na região da moleira;
  • Vômitos e náuseas constantes;
  • Fadiga e sonolência;
  • Problemas de alimentação;
  • Convulsões;
  • Crescimento irregular;
  • Irritabilidade ou comportamento agressivo.

Em adultos

Nas pessoas adultas, o problema pode ser causado por traumas cranianos, os quais estão relacionados a acidentes vasculares cerebrais, tumores, cirurgias na região da cabeça e hemorragia. No que tange à população idosa, a situação é um pouco diferente: o cérebro pode, por razões que ainda fogem do nosso domínio, tornar-se incapaz de reabsorver a quantidade de líquor produzida. Quando isso acontece, denominamos o quadro de hidrocefalia de pressão normal idiopática (HPNI). Os sintomas em indivíduos idosos são: comprometimento da memória, dificuldade de comunicação, perda de funções cognitivas, incontinência urinária, perda de equilíbrio e problemas severos de locomoção.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico envolve avaliação clínica e exames de imagem. Por meio do estudo dos reflexos do paciente, dos sintomas físicos e da análise do histórico médico, pode-se encontrar o quadro. O tratamento não visa à cura da doença, uma vez que ela ainda é desconhecida, mas sim à diminuição dos sintomas e ao aumento da qualidade de vida do paciente. Em alguns casos, pode-se controlar o desenvolvimento da enfermidade por meio de medicamentos específicos. Na maior parte das ocasiões, no entanto, é necessário submeter a pessoa afetada a cirurgias. Apenas um especialista pode dizer qual é o melhor caminho a ser seguido. Diante de alterações comportamentais ou físicas, a opção mais segura é sempre pedir ajuda. Quer saber mais? Clique no banner!
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