Ressecção do intestino: Indicações e cuidados

Ressecção do intestino: Indicações e cuidados

A ressecção do intestino é um procedimento cirúrgico que é realizado em situações graves e quando o procedimento é a única forma de tratar o problema. O pós-operatório exige cuidados especiais para que não ocorra nenhuma complicação.

Você já ouviu falar nessa cirurgia? Sabe quando ela é indicada? Então, leia nosso artigo e entenda tudo a respeito do assunto.

O que é ressecção do intestino?

O termo ressecção é utilizado na medicina para indicar algum procedimento cirúrgico de retirada parcial ou total de determinado órgão. No caso específico, a ressecção intestinal é a intervenção cirúrgica que tem por objetivo remover parte ou todo o intestino.

Contudo, essa cirurgia pode ter efeitos negativos quando não realizada adequadamente ou quando o paciente é negligente com os cuidados do pós-operatório. Isso porque o intestino delgado é responsável pela absorção de grande parte dos processos de digestão e absorção.

Quando há a necessidade de remover parte do órgão, o organismo pode ser afetado e apresentar sintomas de que algo não vai bem. Entre as complicações mais comuns estão:

  • Dificuldade na absorção de nutrientes;
  • Não absorção dos ácidos biliares e da vitamina B12;
  • Diarreia;
  • Subnutrição;
  • Deficiência de vitaminas.

Esses problemas ocorrem com mais frequência quando a parte removida é o íleo, pois o intestino não consegue se adaptar. Quando é o jejuno que sofre a ressecção, o íleo é capaz de se renovar e também passar a desempenhar a função de absorção antes feita pelo jejuno.

Quando a ressecção do intestino é indicada?

A cirurgia de ressecção do intestino pode ser indicada em várias situações. As causas mais comuns que levam ao procedimento são:

  • Isquemia intestinal aguda;
  • Doenças intestinais inflamatórias (DII), como a doença de Chron;
  • Tumores malignos abdominais;
  • Traumas do intestino delgado e mesentério;
  • Enterocolite necrotizante;
  • Malformações congênitas;
  • Hérnia estrangulada;
  • Trombose nas artérias;
  • Endometriose intestinal.

Cabe ressaltar que a forma como a ressecção será realizada poderá variar em cada caso. Da mesma forma, a decisão pela retirada total ou parcial do intestino será tomada de acordo com o tipo de doença e o grau de evolução.

Quais os cuidados no pós-operatório?

O tamanho do intestino retirado está diretamente ligado ao prognóstico do paciente. Quando a remoção é maior que 70%, o paciente pode sofrer importantes alterações metabólicas. Contudo, as ressecções jejunais são mais toleradas pelo organismo. 

Por outro lado, as leis costumam apresentar mais complicações. Isso porque a ausência do íleo irá afetar a absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis e causar irritação da mucosa colônica em função da não absorção dos sais biliares e ácidos graxos.

Por isso, um dos principais cuidados do pós-operatório é a suplementação vitamínica e uma dieta pobre em oxalato, para evitar a formação de cálculos renais. Além disso, o paciente precisará passar por uma terapia nutricional a fim de evitar a insuficiência intestinal.

É muito importante manter uma nutrição adequada no período pós-operatório, pois o organismo pode passar por uma grave deficiência de gorduras, vitaminas, minerais, carboidratos e proteínas.

No caso da remoção de tumores cancerígenos, o paciente deverá seguir as orientações médicas para evitar possíveis recidivas. 

Agora você já sabe quando a ressecção do intestino é indicada e também quais são os cuidados necessários no pós-operatório. Caso tenha dúvidas, não hesite em procurar o seu médico.

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