A partir dos 65 anos de idade, a tontura se torna uma queixa comum nos consultórios geriátricos. De acordo com estudos recentes, a incidência desse sintoma chega perto dos 90%. Muito, não?
Aquela vertigem repentina, combinada com alterações na visão, instabilidade do corpo, atordoamento, cabeça leve, desvio de marcha e uma intensa sensação de desequilíbrio se instalam, deixando o idoso desnorteado e sem chão. Em alguns casos, a pessoa não apenas fica tonta, como chega a cair ou desmaiar.
Com o passar dos anos, os episódios de tontura ficam mais frequentes, o idoso começa a temer as quedas, apresentar dificuldades para se locomover e realizar tarefas cotidianas. A depender da gravidade, passa a sofrer com baixa autoestima e buscar o isolamento social.
A tontura no idoso é um problema multifatorial que pode e deve ser tratado. Leia o artigo, descubra por que os idosos ficam tontos e saiba como tratar essa condição. Boa leitura!
Por que acontece a tontura no idoso?
São várias as causas da tontura em idosos, entre elas estão alterações na visão, como a degeneração macular, glaucoma e retinopatia. Idosos também ficam tontos em decorrência da perda natural do equilíbrio, transtornos psiquiátricos, declínio das capacidades motoras e enfraquecimento dos músculos.
Outras razões incluem:
- efeitos colaterais de medicamentos;
- problemas articulares e posturais;
- comprometimento dos reflexos;
- diabetes;
- doenças da tireoide;
- labirintite;
- infarto;
- enxaqueca;
- arritmia;
- neurite vestibular;
- doença de Meniere;
- traumatismos na artéria vertebral;
- oscilações na pressão arterial;
- alteração repentina da posição do corpo.
Cumpre ressaltar que algumas doenças neurológicas também podem ser causadoras de tonturas em idosos. É o caso do Parkinson, traumatismo craniano, lesões cerebrais e da esclerose múltipla.
Como tratar a tontura?
O tratamento da tontura em idosos envolve várias ações, mas todas elas devem partir do diagnóstico concreto das causas. Somente descobrindo o que tem causado a tontura, é possível chegar à raiz do problema e ser efetivo no tratamento.
A conduta recomendada para tratar esse tipo de manifestação consiste em identificar o fator desencadeante da tontura e tratar a doença base. Além disso, é necessário tomar medicamentos para controlar os sintomas associados. Vale lembrar que a automedicação é contraindicada. Somente o médico pode determinar o tipo de remédio, dosagem e duração do tratamento farmacológico.
Mesmo que as tonturas diminuam, é preciso adotar medidas, como:
- fazer o acompanhamento médico;
- tomar bastante cuidado ao se levantar de sofás, camas e cadeiras;
- realizar adaptações na residência para evitar as quedas;
- fazer consultas oftalmológicas regulares.
Além disso, praticar exercícios físicos e recorrer a sessões de fisioterapia são fundamentais para o fortalecimento muscular, aumento do equilíbrio, melhora postural, otimização da capacidade de locomoção e recuperação de funções perdidas. Isso, sobretudo, no que diz respeito à habilidade de executar as tarefas cotidianas.
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