Considerado um tipo de AVC, a trombose venosa cerebral ocorre quando surge um coágulo na corrente sanguínea capaz de entupir uma artéria do cérebro. De grande gravidade, o problema pode causar sequelas, danos irreversíveis e até mesmo levar o paciente a morte.
Seu surgimento mais comum é entre idosos e pacientes com doenças como a hipertensão ou aterosclerose. Não é possível identificar a formação dos coágulos, já que é um processo assintomático, mas quando ocorre o entupimento o paciente pode apresentar fortes dores de cabeça, convulsão e alterações nos sentidos.
Causas e sintomas
Pouco conhecida pela população, a trombose venosa cerebral é uma doença cerebrovascular muitas vezes diagnosticada incorretamente. Os principais motivos são os sintomas semelhantes à de um AVC padrão e também por ser mais rara. Porém a trombose venosa cerebral é o principal motivo de AVC em pessoas jovens e mulheres.
A trombose venosa cerebral atinge os seios sagitais e laterais, com progressão de um sistema venoso para o outro. Dessa forma, ela pode progredir para outras veias cerebrais, tanto as superficiais quanto as profundas, levando o paciente a um infarto venoso com hemorragia.
Quando a trombose venosa cerebral ocorre, o paciente sente uma forte cefaleia que pode ser tanto difusa quanto localizada, mas sempre de forma intensa e agressiva. É comum que o paciente tenha alterações na visão, na fala, perca o equilíbrio e a coordenação motora, assim como outras alterações neurológicas como formigamento ou paralisia em um lado do corpo e boca torta.
Diante deste quadro, é preciso que o paciente seja levado imediatamente para uma emergência médica. Só assim é possível diminuir as possíveis sequelas e salvar sua vida. Em alguns casos o paciente pode até mesmo parar de respirar, desmaiar e entrar em coma.
Nem sempre as causas são claras para um diagnóstico preciso e em até 25% dos casos não é possível encontrar os motivos para seu desenvolvimento. Por ser mais comum em mulheres, muitas vezes o uso do anticoncepcional oral pode levar a trombose venosa cerebral, mas há ainda a possibilidade de distúrbios congênitos, infecções causadas por otite, sinusite entre outras, assim como outras doenças reumatológicas e sanguíneas.
Diagnóstico e Tratamento
Por apresentar sintomas inespecíficos, a trombose venosa cerebral pode não ser corretamente diagnosticada. Sem um diagnóstico rápido e preciso, o paciente corre o risco de adquirir danos cerebrais irreversíveis e até mesmo chegar ao óbito.
É preciso realizar exames por imagem, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, a partir da suspeita do especialista. Só assim é possível uma avaliação minuciosa sobre o cérebro e o sistema vascular do paciente.
O primeiro passo é levar o paciente a estabilidade clínica, principalmente para aqueles com alteração na consciência já que apresentam o maior risco de sequelas. O tratamento utiliza combinações de heparina intravenosa e anticoagulantes, através de analgésicos e anticonvulsivos para que reduzam a pressão intracraniana e a coagulação sanguínea.
Mas o mais importante é atingir a causa da trombose, para evitar que ela volte a ocorrer. Se for por uso de pílulas anticoncepcionais, a mulher precisa alterar a forma de prevenção, assim como os tabagistas devem buscar formas de parar o vício e evitar novas crises.
Quer saber mais? Clique no banner!